sexta-feira, novembro 17, 2006

 
Muito bom dia.
A intenção deste blogge tem a ver com a necessidade que eu senti de trazer para a discussão pública tudo aquilo que tenha a ver com o interior humanista que, todos, sem qualquer excepção temos dentro de nós.
Muito bem.
Como se aperceberam estamos a falar de coisas sérias.
Nelas Ă© uma vila Social-democrata que nĂŁo tem tido sorte com os seus lideres. Eu sei que isto Ă© discutivel e espero que me perdoem os chamados histĂłricos.
De facto, como é que ainda hoje se fala desses históricos quando tendo um candidato vencedor, o deixam ir para Itália e nas costas o empurram para o PS?
Estamos noutra Ă©poca mas, na altura foi um erro de palmatĂłria.
Freixo, Santos, ZĂ© Correia, Afonso Loureiro, Tony Rodrigues, ZĂ© Manel, Victor Alves .....
HistĂłricos de quĂŞ?
Ainda hoje, dizem, o actual Presidente da ComissĂŁo Politica do PSD vai ao beija mĂŁo a esses histĂłricos.
Dos nomes referidos só o Sr. Santos não está entre nós.
Mas está o filho. E o que é que ele fez?
Virou o PSD contra a Topack, os trabalhadores da Topack contra o PSD, a Assembleia Municipal liderada pelo PSD contra o PSD, perdemos a liderança da A. Municipal, a Câmara que podia ser ganha em mandato seguinte foi totalmente perdida. O Sr. Paulo Santos que fêz? Foi embora de Nelas. Regressou agora. Espero que tenha consciência de que não foi um herói.
A seguir aparece o Engº Marques Novo. Pensou e bem que, com a falta de gente no PSD, tomava aquilo de assalto e era candidato à Câmara. E era o que acontecia se não tivesse aparecido um grupo liderado por uma pessoa que é pouco falada mas que, na rectaguarda tem conseguido controlar as situações.
Mas não vou falar mais do Engº Marques Novo porque a seguir aparece o Dr. Borges da Silva cuja diferença estrutural para o Engº Marques Novo é apenas de melhor dialética e de uma maior capacidade de oratória e entra para o Partido, o Partido permite-lhe que passem 6 meses para poder ser candidato a Presidente da Concelhia e, a partir daí, ele e a mulher, passaram a pensar que são os monarcas de Nelas.
Será que mais uma vez o PSD DE NELAS, não vai fazer nada?
Temos de pôr cobro a isto. Democraticamente, é bom de ver. Mas, dêem ideias, sugestões.
Nelas tem 9 Freguesias. Há centenas e centenas de humanistas e reformistas pelo nosso Concelho. Não vamos deixar que governe o PSD de Nelas um individuo que só olha para o seu umbigo e se está nas tintas para todos os outros, mesmo para os que o ajudaram. Ver exemplo Engº Victor Alves.

Escrevam


RIBABOA

Comments:
gOSTEI DA IDEIA. cHEGOU A HORA DA SOCIEDADE CIVIL APRESENTAR IDEIAS NOS LOCAIS CERTOS, ABANDONAR O MAL DIZER DA MESA DO CAF� SEM APRESENTAR SOLU��ES.
A POLITICA MUDOU. ESTAMOS NO SEC XXI E EM NELAS AINDA Hďż˝ MUITOS VELHOS DO RESTELO. NEM SEI SE Hďż˝ OUTRA COISA,
MELHOR QUALIDADE DE VIDA, APROXIMA��O ENTRE AS PESSOAS HUMANMEN
 
Poeta castrado n�o!

Serei tudo o que disserem
por inveja ou nega��o:
cabe�udo dromed�rio
fogueira de exibi��o
teorema corol�rio
poema de m�o em m�o
l�zudo publicit�rio
malabarista cabr�o.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado n�o!
 
Para variar chegam uns anitos atrasados. Mesmo assim parabéns.

Cumprimentos
 
Lá est?o voc?s a confundir tudo.
parece-me, sim, parece-me que este blog n?o é de freguesia. é para toda a sociedade do concelho como ele é agora. nem estamos no século XIX nem no século XXI.
eU CONCORDO QUE TODOS PODEM TER AS SUAS IDEIAS, TODOS PODEM ACHAR QUE QUEREM ISTO E AQUILO MAS COM RESPEITO.
VAMOS TENTAR TER RESPEITO POR TODAS AS IDEIAS? UM PPD ACHADIÇO
 
De freguesia? Ent?o e foi publicitar este a um blogue de freguesia!? :D. lol

Gosto da presunç?o. Tome a quiser.

Como lhe disse os meus parabéns, mas já agora n?o menospreze quem e o que n?o conhece.

Cumprimentos
 
sR Fulano de tal:
Em Nelas, as freguesias de que mais gosto s?o Canas e Santar.
tenho muito orgulho em ter entre os meus melhores amigos, pessoas de Canas que lutam , luta que eu respeito, por algo que eu acho que, no mundo global, cada vez tem menos lógica. Eles também respeitam a minha posiç?o. N?o se me faço entender ao publicitar este blogge na freguesia de Canas.
N?o vivo no mundo de fantasias. N?o acredito na Padeira de Aljubarrota.
A realidade é que Canas é uma Freguesia e acho mais fácil acabar o Concelho de Nelas do que Canas passar a Concelho.
Nunca me passaria pela cabeça monosprezar ninguém, principalmente um povo a quem reconheço caracteristicas inatas para obrigar Nelas a crescer culturalkmente e intelectualmente.
TODOS JUNTOS NUNCA SEREMOS DE MAIS PARA TRANSFORMAR O CONCELHO DE NELAS NO MAIS IMPORTANTE CONCELHO DO DISTRITO. tEMOS TUDO PARA ISSO.
RIBABOA
 
Apenas pertendo enviar uma achega, nada de concelhio porquedesconheço mas, ao passar pelo blogge lembrei de colocar um texto internacional.
Desculpem a extenç?o.
"

--------------------------------------------------------------------------------
documento do movimento humanista

Os humanistas s?o mulheres e homens deste século, desta época. Reconhecem os antecedentes do Humanismo histórico e inspiram-se nos contributos das diferentes culturas, n?o só daquelas que neste momento ocupam um lugar central. S?o, além disso, homens e mulheres que deixam para trás este século e este milénio e se projectam para um novo mundo.

Os humanistas sentem que a sua história é muito longa e que o seu futuro é ainda mais extenso. Pensam no porvir, lutando por superar a crise geral do presente. S?o optimistas, cr?em na liberdade e no progresso social.

Os humanistas s?o internacionalistas, aspiram a uma naç?o humana universal. Compreendem globalmente o mundo em que vivem e actuam no seu meio imediato. N?o desejam um mundo uniforme mas sim múltiplo: múltiplo nas etnias, línguas e costumes; múltiplo nas localidades, nas regi?es e nas autonomias; múltiplo nas ideias e nas aspiraç?es; múltiplo nas crenças, no ateísmo e na religiosidade; múltiplo no trabalho; múltiplo na criatividade.

Os humanistas n?o querem amos; n?o querem dirigentes nem chefes, nem se sentem representantes nem chefes de ninguém. Os humanistas n?o querem um Estado centralizado, nem um Para-Estado que o substitua. Os humanistas n?o querem exércitos policiais, nem bandos armados que os substituam.

Porém, entre as aspiraç?es humanistas e as realidades do mundo de hoje, levantou-se um muro. Chegou, pois, o momento de derrubá-lo. Para isso é necessária a uni?o de todos os humanistas do mundo.

I. O CAPITAL MUNDIAL

Eis a grande verdade universal: o dinheiro é tudo. O dinheiro é governo, é lei, é poder. É, basicamente, subsist?ncia. Mas além disso, é a Arte, é a Filosofia e é a Religi?o. Nada se faz sem dinheiro; nada se pode sem dinheiro. N?o há relaç?es pessoais sem dinheiro. N?o há intimidade sem dinheiro e até a solid?o repousada depende do dinheiro.

Mas a relaç?o com essa "verdade universal" é contraditória. As maiorias n?o querem este estado de coisas. Estamos, pois, perante a tirania do dinheiro. Uma tirania que n?o é abstracta porque tem nome, representantes, executores e procedimentos indubitáveis.

Hoje n?o se trata de economias feudais, nem de indústrias nacionais; nem sequer de interesses de grupos regionais. O que hoje se passa é que aqueles sobreviventes históricos acomodam a sua parcela aos ditames do capital financeiro internacional. Um capital especulador que se vai concentrando mundialmente. Desta maneira, até o Estado nacional requer crédito e empréstimo para sobreviver. Todos mendigam o investimento e d?o garantias para que a banca se encarregue das decis?es finais. Está a chegar o tempo em que as próprias companhias, assim como os campos e as cidades, ser?o propriedade indiscutível da banca. Está a chegar o tempo do Para-Estado, um tempo em que a antiga ordem deve ser aniquilada.

Paralelamente, a velha solidariedade evapora-se. Em suma, trata-se da desintegraç?o do tecido social e do advento de milh?es de seres humanos desconectados e indiferentes entre si, apesar das penúrias gerais. O grande capital domina n?o só a objectividade, graças ao controlo dos meios de produç?o, como também a subjectividade, graças ao controlo dos meios de comunicaç?o e informaç?o. Nestas condiç?es, pode dispôr a seu gosto dos recursos materiais e sociais tornando irrecuperável a natureza e descartando progressivamente o ser humano. Para isso conta com a tecnologia suficiente. E assim como esvaziou as empresas e os estados, esvaziou a Ci?ncia de sentido convertendo-a em tecnologia para a miséria, a destruiç?o e o desemprego. Os humanistas n?o necessitam de abundar em argumentos quando enfatizam que hoje o mundo está em condiç?es tecnológicas suficientes para solucionar, em curto espaço de tempo, os problemas de vastas regi?es no que respeita a pleno emprego, alimentaç?o, saúde, habitaç?o e instruç?o. Se esta possibilidade n?o se realiza é simplesmente porque a especulaç?o monstruosa do grande capital está a impedi-lo. O grande capital já esgotou a etapa de economia de mercado e começa a disciplinar a sociedade para enfrentar o caos que ele mesmo produziu. Perante esta irracionalidade, n?o se levantam dialecticamente as vozes da raz?o, mas sim os mais obscuros racismos, fundamentalismos e fanatismos. E se este neo-irracionalismo vai liderar regi?es e colectividades, ent?o a margem de acç?o das forças progressistas fica dia-a-dia mais reduzida. Por outro lado, milh?es de trabalhadores já tomaram consci?ncia, tanto das irrealidades do centralismo estatista, como das falsidades da Democracia capitalista. E assim acontece que os operários se levantam contra as suas cúpulas gremiais corruptas, do mesmo modo que os povos questionam os partidos e os governos. Mas é necessário dar uma orientaç?o a estes fenómenos, pois de outro modo estancar-se-?o num espontaneísmo sem progresso. É necessário discutir no seio do povo os temas fundamentais dos factores de produç?o.

Para os humanistas existem como factores de produç?o o trabalho e o capital, e est?o a mais a especulaç?o e a usura. Na actual situaç?o, os humanistas lutam para que a absurda relaç?o que tem existido entre esses dois factores seja totalmente transformada. Até agora, impôs-se que o lucro seja para o capital e o salário para o trabalhador, justificando tal desiquilíbrio pelo "risco" que assume o investimento... como se o trabalhador n?o arriscasse o seu presente e o seu futuro nos vaivéns do desemprego e da crise. Porém, além disso, está em jogo a gest?o e a decis?o na orientaç?o da empresa. O lucro n?o destinado ao reinvestimento na empresa, n?o dirigido ? sua expans?o ou diversificaç?o, deriva para a especulaç?o financeira. O lucro que n?o cria novas fontes de trabalho, deriva para a especulaç?o financeira. Por conseguinte, a luta dos trabalhadores tem de dirigir-se a obrigar o capital ao seu máximo rendimento produtivo. Mas isto n?o se poderá implementar a menos que a gest?o e a direcç?o sejam partilhadas. De outro modo, como se poderia evitar os despedimentos massivos, o encerramento e o esvaziamento empresarial? Porque o maior dano está no subinvestimento, na fal?ncia fraudulenta, no endividamento forçado e na fuga de capital; n?o nos lucros que se possam obter como consequ?ncia do aumento da produtividade. E se se insistisse no confisco dos meios de produç?o por parte dos trabalhadores, seguindo os ensinamentos do século XIX, deveria ter-se também em conta o recente fracasso do Socialismo real. Quanto ? objecç?o de que enquadrar o capital, tal como está enquadrado o trabalho, produz a sua fuga para pontos e áreas mais proveitosas, deve esclarecer-se que isto n?o acontecerá durante muito mais tempo, já que a irracionalidade do esquema actual leva-o ? sua saturaç?o e ? crise mundial. Essa objecç?o, além do reconhecimento de uma imoralidade radical, desconhece o processo histórico da transfer?ncia do capital para a banca, resultando disso que o próprio empresário se vai convertendo em empregado sem decis?o dentro de uma cadeia em que aparenta autonomia. Por outro lado, ? medida que se agudize o processo recessivo, o próprio empresariado começará a considerar estes pontos.

Os humanistas sentem a necessidade de actuar n?o só no campo laboral como também no campo político para impedir que o Estado seja um instrumento do capital financeiro mundial, para conseguir que a relaç?o entre os factores de produç?o seja justa e para devolver ? sociedade a sua autonomia arrebatada.

II. A DEMOCRACIA FORMAL E A DEMOCRACIA REAL

Tem-se vindo a arruinar gravemente o edifício da Democracia ao racharem as suas bases principais: a independ?ncia entre poderes, a representatividade e o respeito pelas minorias.

A teórica independ?ncia entre poderes é um contrasenso. Basta pesquisar na prática a origem e composiç?o de cada um deles para comprovar as íntimas relaç?es que os ligam. N?o poderia ser de outra maneira. Todos fazem parte de um mesmo sistema. De maneira que as frequentes crises de atropelo de uns por outros, de sobreposiç?o de funç?es, de corrupç?o e irregularidade, correspondem-se com a situaç?o global, económica e política, de um dado país.

Quanto ? representatividade. Desde a época da extens?o do sufrágio universal, pensou-se que existia um só acto entre a eleiç?o e a conclus?o do mandato dos representantes do povo. Mas ? medida que decorreu o tempo, viu-se claramente que existe um primeiro acto mediante o qual muitos elegem poucos e um segundo acto em que estes poucos traem aqueles muitos, representando interesses estranhos ao mandato recebido. Esse mal já se incuba nos partidos políticos reduzidos a cúpulas separadas das necessidades do povo. Aí na máquina partidária, já os grandes interesses financiam candidatos e ditam as políticas que estes dever?o seguir. Tudo isto evidencia uma profunda crise no conceito e na implementaç?o da representatividade. Os humanistas lutam para transformar a prática da representatividade, dando a maior importância ? consulta popular, ao plebiscito e ? eleiç?o directa dos candidatos. Porque ainda existem, em numerosos países, leis que subordinam candidatos independentes a partidos políticos, ou ent?o, subterfúgios e limitaç?es económicas para se poder apresentar perante a vontade da sociedade. Toda a Constituiç?o ou lei que se oponha ? capacidade plena do cidad?o para eleger e ser eleito, burla pela raíz a Democracia real que está poe cima de toda a regulaç?o jurídica. E, se se trata de igualdade de oportunidades, os meios de difus?o devem pôr-se ao serviço da populaç?o no período eleitoral em que os candidatos exp?em as suas propostas, atribuindo a todos exactamente as mesmas oportunidades. Por outro lado, devem impôr-se leis de responsabilidade política mediante as quais todo aquele que n?o cumpra o prometido aos seus eleitores arrisque o desaforamento, a destituiç?o ou o julgamento político. Porque o outro expediente, aquele que actualmente se sustenta, mediante o qual os indivíduos ou os partidos que n?o cumpram, sofrer?o o castigo das urnas nas eleiç?es futuras, n?o interrompe de modo nenhum o segundo acto de traiç?o aos representados. Quanto ? consulta directa sobre os temas de urg?ncia, cada dia existem mais possibilidades para a sua implementaç?o tecnológica. N?o se trata de priorizar as sondagens e os inquéritos manipulados, trata-se sim de facilitar a participaç?o e o voto directo através de meios electrónicos e computacionais avançados. Numa democracia real, deve dar-se ?s minorias as garantias que merece a sua representatividade mas, além disso, deve levar-se ao extremo toda a medida que favoreça na prática a sua inserç?o e desenvolvimento. Hoje, as minorias acossadas pela xenofobia e a discriminaç?o, pedem angustiosamente o seu reconhecimento e, nesse sentido, é responsabilidade dos humanistas elevar este tema ao nível das discuss?es mais importantes, encabeçando a luta em cada lugar até vencer os neo-fascismos abertos ou encobertos. Em suma, lutar pelos direitos das minorias, é lutar pelos direitos de todos os seres humanos.

Mas também acontece, no conglomerado de um país, que províncias inteiras, regi?es ou autonomias, padecem da mesma discriminaç?o das minorias merc? da compuls?o do Estado centralizado, hoje instrumento insensível nas m?os do grande capital. Isto deverá cessar na medida em que se impulsione uma organizaç?o federativa na qual o poder político real volte ?s m?os das ditas entidades históricas e culturais. Em suma, pôr ? frente os temas do capital e do trabalho, os temas da Democracia real e os objectivos da descentralizaç?o do aparelho estatal, é encaminhar a luta política rumo ? criaç?o de um novo tipo de sociedade. Uma sociedade flexível e em constante mudança, conforme com as necessidades dinâmicas dos povos, hoje em dia asfixiados pela depend?ncia.

III. A POSIÇ?O HUMANISTA

A acç?o dos humanistas n?o se inspira em teorias fantasiosas sobre Deus, a Natureza, a Sociedade ou a História. Parte das necessidades da vida que consistem em afastar a dor e aproximar o prazer. Porém, a vida humana acrescenta ?s necessidades a sua previs?o do futuro, baseando-se na experi?ncia passada e na intenç?o de melhorar a situaç?o actual. A sua experi?ncia n?o é um simples produto de selecç?es ou acumulaç?es naturais e fisiológicas, como sucede em todas as espécies, é sim experi?ncia social e experi?ncia pessoal dirigidas para superar a dor actual e para evitá-la no futuro. O seu trabalho, acumulado em produç?es sociais, passa e transforma-se de geraç?o em geraç?o em luta contínua pela melhoria das condiç?es naturais, mesmo as do próprio corpo. Por isto, o ser humano deve ser definido como histórico e com um modo de acç?o social capaz de transformar o mundo e a sua pr?pria natureza. E de cada vez que um indivíduo ou um grupo humano se imp?e violentamente a outros, consegue parar a História, convertendo as suas vítimas em objectos " naturais ". A natureza n?o tem intenç?es, pelo que ao negar-se a liberdade e as intenç?es de outros, estes s?o convertidos em objectos naturais, em objectos de uso.

O progresso da humanidade, em lenta ascens?o, necessita transformar a natureza e a sociedade, eliminando a violenta apropriaç?o animal de uns seres humanos por outros. Quando isto aconteça, passar-se-á da Pré-História a uma plena História humana. Entretanto, n?o se pode partir de outro valor central sen?o de o do ser humano pleno nas suas realizaç?es e na sua liberdade. Por isso, os humanistas proclamam: "Nada por cima do ser humano e nenhum ser humano por baixo de outro". Se se p?e como valor central Deus, o Estado, o Dinheiro ou qualquer outra entidade, subordina-se o ser humano criando condiç?es para o seu ulterior controlo ou sacrifício. Os humanistas t?m este ponto claro. Os humanistas s?o ateus ou crentes, mas n?o partem do seu ateísmo ou da sua fé para fundamentar a sua vis?o do mundo e a sua acç?o; partem do ser humano e das suas necessidades imediatas. E se na sua luta por um mundo melhor, cr?em descobrir uma intenç?o que move a História em direcç?o progressiva, pôem essa fé ou essa descoberta ao serviço do ser humano.

Os humanistas questionam o problema de fundo: saber se se quer viver e decidir em que condiç?es faz?-lo.

Todas as formas de viol?ncia física, económica, racial, religiosa, sexual e ideológica, merc? das quais se tem travado o progresso humano, repugnam aos humanistas. Toda a forma de discriminaç?o, manifesta ou larvar, é um motivo de denúncia para os humanistas.

Os humanistas n?o s?o violentos, mas acima de tudo n?o s?o cobardes nem temem enfrentar a viol?ncia porque a sua acç?o tem sentido. Os humanistas conectam a sua vida pessoal com a vida social. N?o levantam falsas antinomias e nisso radica a sua coer?ncia.

Assim está traçada a linha divisória entre o Humanismo e o Anti-humanismo. O Humanismo p?e ? frente a quest?o do trabalho face ao grande capital; a quest?o da Democracia real face ? Democracia formal; a quest?o da descentralizaç?o face ? centralizaç?o; a quest?o da anti-discriminaç?o face ? discriminaç?o; a quest?o da liberdade face ? opress?o; a quest?o do sentido da vida face ? resignaç?o, ? cumplicidade e ao absurdo.

Porque o Humanismo se baseia na liberdade de escolha, possui a única ética válida do momento actual. De igual modo, porque acredita na intenç?o e na liberdade, distingue entre o erro e a má fé, entre o equivocado e o traidor.

IV. DO HUMANISMO INGÉNUO AO HUMANISMO CONSCIENTE

É na base social, nos locais de labor e de habitaç?o dos trabalhadores, onde o Humanismo deve converter o simples protesto em força consciente orientada para a transformaç?o das estruturas económicas.

Quanto aos membros combativos das organizaç?es gremiais e aos membros de partidos políticos progressistas, a sua luta tornar-se-á coerente na medida em que tendam a transformar as cúpulas das organizaç?es em que est?o inscritos, dando ?s suas colectividades uma orientaç?o que ponha em primeiro lugar e por cima de reivindicaç?es imediatistas, as quest?es de fundo que propicia o Humanismo.

Vastas camadas de estudantes e docentes, normalmente sensíveis ? injustiça, ir?o tornando consciente a sua vontade de mudança na medida em que a crise geral do sistema os afecte. E, certamente, a gente da Imprensa em contacto com a tragédia quotidiana, está hoje em condiç?es de actuar na direcç?o humanista, do mesmo modo que sectores da intelectualidade cuja produç?o está em contradiç?o com as pautas que este sistema desumano promove.

S?o numerosas as posturas que, tendo por base o sofrimento humano, convidam ? acç?o desinteressada a favor dos desapossados ou dos discriminados. Associaç?es, grupos voluntários e sectores importantes da populaç?o mobilizam-se, em ocasi?es, dando o seu contributo positivo. Sem dúvida que uma das suas contribuiç?es consiste em gerar denúncias sobre esses problemas. No entanto, esses grupos n?o delineiam a sua acç?o em termos de transformaç?o das estruturas que d?o lugar a esses males. Estas posturas inscrevem-se mais no Humanitarismo do que no Humanismo consciente. Nelas já se encontram protestos e acç?es pontuais susceptíveis de serem aprofundadas e estendidas.

V. O CAMPO ANTI-HUMANISTA

? medida que as forças que o grande capital mobiliza, v?o asfixiando os povos, surgem posturas incoerentes que começam a fortalecer-se ao explorar esse mau-estar, canalizando-o contra falsos culpados. Na base destes neo-fascismos está uma profunda negaç?o dos valores humanos. Também em certas correntes ecologistas desviatórias aposta-se em primeiro lugar na natureza em vez do Homem. Já n?o predicam que o desastre ecológico é desastre, justamente porque faz perigar a humanidade, mas sim porque o ser humano atentou contra a natureza. Segundo algumas destas correntes, o ser humano está contaminado e por isso contamina a natureza. Melhor seria, para eles, que a medicina n?o tivesse tido ?xito no combate ?s doenças e no alargamento da vida. "A Terra primeiro", gritam histericamente, recordando as proclamaç?es do nazismo. Desde aí ? discriminaç?o de culturas que contaminam, de estrangeiros que sujam e poluem, ? um curto passo. Estas correntes inscrevem-se também no Anti-humanismo porque, no fundo, desprezam o ser humano. Os seus mentores desprezam-se a si mesmos, reflectindo as tend?ncias niilistas e suicidas na moda.

Uma faixa importante de gente perceptiva também adere ao ecologismo porque entende a gravidade do problema que este denuncia. Porém, se esse ecologismo toma o carácter humanista que lhe corresponde, orientará a luta contra os promotores da catástrofe, a saber: o grande capital e a cadeia de indústrias e empresas destrutivas, parentes próximas do complexo militar-industrial. Antes de se preocupar com as focas ocupar-se-á da fome, da hiperconcentraç?o populacional, da mortinatalidade, das doenças e dos défices sanitários e habitacionais em muitas partes do mundo. E destacará o desemprego, a exploraç?o, o racismo, a discriminaç?o e a intolerância no mundo tecnologicamente avançado. Mundo que, por outro lado, está a criar os desequilíbrios ecológicos em favor do seu crescimento irracional.

N?o é necessário estender-se demasiado na consideraç?o das direitas como instrumentos políticos do Anti-humanismo. Nela a má fé chega a níveis t?o altos que, periodicamente, se publicitam como representantes do "Humanismo". Nessa direcç?o, também n?o tem faltado a astuta clericalha(1) que tem pretendido teorizar com base num ridículo "Humanismo Teoc?ntrico"(?). Essa gente, inventora de guerras religiosas e inquisiç?es; essa gente que foi verdugo(2) dos pais históricos do Humanismo ocidental, arrogou-se as virtudes das suas vítimas, chegando inclusivé a "perdoar os desvios" daqueles humanistas históricos. T?o enorme é a má fé e o bandoleirismo na apropriaç?o das palavras que os representantes do Anti-humanismo tentaram mesmo cobrir-se com o nome de "humanistas".

Seria impossível inventariar os recursos, instrumentos, formas e express?es de que disp?e o Anti-humanismo. Em todo o caso, esclarecer sobre as suas tend?ncias mais solapadas contribuirá para que muitos humanistas espontâneos ou ingénuos revejam as suas concepç?es e o significado da sua prática social.

VI. AS FRENTES DE ACÇ?O HUMANISTAS

O Humanismo organiza frentes de acç?o no campo laboral, habitacional, gremial, político e cultural com a intenç?o de ir assumindo o carácter de movimento social. Ao proceder assim, cria condiç?es de inserç?o para as diferentes forças, grupos e indivíduos progressistas sem que estes percam a sua identidade nem as suas características particulares. O objectivo de tal movimento consiste em promover a uni?o de forças capazes de influir crescentemente sobre vastas camadas da populaç?o, orientando com a sua acç?o a transformaç?o social.

Os humanistas n?o s?o ingénuos nem se engulosinam com declaraç?es próprias de épocas românticas. Nesse sentido, n?o consideram as suas propostas como a express?o mais avançada da consci?ncia social, nem pensam a sua organizaç?o em termos indiscutíveis. Os humanistas n?o fingem ser representantes das maiorias. Em todo o caso, actuam de acordo com o seu parecer mais justo, apontando ?s transformaç?es que lhes parecem mais adequadas e possíveis neste momento em que lhes cabe viver".
 
Nelas Humanista é com satisfaç?o que envio as melhores saudaç?es blogisticas.

O Beijós XXI congratula-se por ter mais um blogue vizinho.

Parabéns

Bons sucessos.
 
obrigado António.
contamos com todos
 
Boas,
Antes demais uma coisa @Ribaboa:
Em Canas de Senhorim há uma loja em frente há Escola (até há duas) que venda uma teclados muito jeitosos!...
Custa muito ler os textos!...

Parabéns, força para manter o "barco"!
Contudo, ainda t?m muito que andar para chegar ao Blogue de Freguesia!
 
cingab:
agradeço todo o apoio.
n?o pretendo um blogge de freguesia.
pretendo um blogge para todos os humanistas.
o homem ? frente das coisas
o concelho ? frente dos partidos.
n?o foi o que SÁ CARNEIRO nos ensinou.
Vamos lutar pela mesma causa.
um concelho de Nelas muito melhor com a categoria e qualidade dos intelectuais de Canas a ensinar como podemos chegar a 1? Concelho do Distrito.
ah! é verdade. se tiver um teclado a mais pode mandar. n?o quero que lhe falte nada
ribaboa
 
Declara??o de Princ?pios

Sou consciente mas n?o censor,Sou engenheiro mas n?o doutor,Sou alto mas n?o gracejo os baixos,Sou forte mas n?o exploro os fracos. Tenho tempo e paci?ncia,Tenho ideias e intelig?ncia,Tenho apego e generosidade,Tenho amizade e probidade. Defensor da liberdade, sem privil?gios ou regalias, nem protagonismos virtuais.
dr. House
 
Quando o Poder Local se torna Pessoal

A ruptura democrática e a liberalizaç?o política Definiç?es: Sistema é o actual sistema partidário, multi-nível, responsável pelo suporte político a uma estrutura local, distrital ou nacional. Nesta interpretaç?o, o sistema político, composto por várias forças, agentes e partidos políticos, é reduzida ao sistema interno de um partido. A legitimidade é a legitimidade democrática ou legitimidade de um sistema político em manter a eficácia das suas decis?es. Há vários tipos de legitimidade, pessoal, moral, ética, mas esta é a verdadeira quando se debate num contexto político. N?o se deve confundir com legalidade, subjacente ?s regras do próprio sistema. Instituiç?o política é interpretado como um partido. Rege-se por estatutos e regulamentos claros, que n?o permitem a instauraç?o de um regime autoritário e atropelamento dos direitos dos seus militantes ? participaç?o política no partido. Devido ? liberdade e diversidade de opini?es, o alcance da legitimidade democrática de um sistema varia de cidad?o para cidad?o. Essa legitimidade assenta no princípio de forma de governo menos ruim, que dá garantias de ser a melhor força política nas dadas situaç?es. Se essa força dá mostras de fraqueza institucional e incapacidade em prosseguir as suas políticas, é certo que a sua manutenç?o no poder está posta em causa. A satisfaç?o está intrinsicamente ligada ? vida social, ? economia, aos sonhos cumpridos e desejos realizados. É de natureza pessoal, temporária e apartidária. A insatisfaç?o em relaç?o a medidas tomada pelo sistema, leva ? consequente frustraç?o e descontentamento do cidad?o, acabando no limite por renegar qualquer apoio ? democracia em abstracto, ou seja, perde a confiança partidária . Isto pode levar ? sua ades?o a uma força política anti-sistema, que pôe em causa a sua participaç?o política dentro do partido, i.e., ao representar uma alternativa fora do seu partido, passa ? condiç?o de adversário político. Um exemplo de um grupo anti-sistema foi o movimento de cidad?os IOMAF, concorrendo ?s eleiç?es autárquicas, ganhando a Câmara e grande parte das Juntas de freguesias. Como anti-sistema, motivados pela recusa do partido em que militavam em apoiá-los, decidiram concorrer contra o próprio partido, apoiados por uma base de apoio popular significativa. Qual é o problema em haver esta ruptura democrática e uma liberalizaç?o do processo eleitoral, justa em si e aberta aos cidad?os? Se levado ao limite, há a possibilidade de haver uma destruiç?o da democracia no partido se n?o houver um apoio difuso, interno ao partido, perdendo-se a consist?ncia partidária per si, e originando uma preval?ncia de grupos anti-sistema. A falta de confiança na instituiç?o política t?m um impacto directo na manutenç?o da democracia partidária, e poderia levar ? desintegraç?o do partido. Portanto, em cenários de ruptura democrática, urge restabelecer a confiança no partido, credibilizando o funcionamento interno e respeitando os estatutos e regulamentos, alicerces dessa instituiç?o política e que lhe conferem identidade e sustento. Seria prejudicial ao partido dar maior força política aos grupos anti-sistema, justificando as suas acç?es por quaisquer medidas aplicadas que aumentassem a desconfiança no partido. Noutro aspecto relacionado com a ruptura democrática, temos a indiferença, motivo da elevada abstenç?o presente em processos eleitorais. O cidad?o torna-se indiferente quando n?o acredita no sistema político e consequentemente, leva ao seu n?o-envolvimento em processos democráticos. Ele pensa que n?o há soluç?es a tomar nem rumos a seguir. É a estagnaç?o total. Só o aumento da confiança nas forças políticas levará ? sua participaç?o no processo político. Em conclus?o, n?o há uma ligaç?o coesa entre satisfaç?o política e legitimidade democrática. Portanto, é errado afirmar que determinados comportamentos s?o ilegítimos, politica ou democraticamente falando, quando esses comportamentos est?o associados ao que uma dada maioria popular espera obter. A legitimidade democrática está intimamente ligada com a sobreviv?ncia da democracia, neste caso, da democracia interna do partido. A satisfaç?o, n?o. A ruptura democrática, advinda da insatisfaç?o para com o partido, leva a uma instabilidade, saneada no momento em que se separam as águas , tornando visível a diferença política e partidária existente. Acredita-se que o assumir de posiç?es públicas e políticas de consonância ou de reparaç?o da ruptura democrática sem o necessário restauro da confiança partidária, levará a mais episódios de instabilidade interna no partido. Por último, devido ao facto de que a democracia n?o se esgotar nos partidos, o paradigma da liberalizaç?o política deve ser encarado como um novo trend político, com capacidade de renovar a confiança política dos cidad?os, e diminuir a abstenç?o nos processos eleitorais. Relembrar: A possibilidade de votar em partidos ou grupos anti-sistema é maior quando n?o existe um apoio difuso. A insatisfaç?o leva a que se vote contra o partido ou grupo que está no poder. A indiferença leva a um distanciamento dos cidad?os da política democrática. Consultar: "Legitimidade política em novas democracias", Gunter e Monteiro (2002)
s?o Monteiro
 
Social Democracia 1

A social-democracia é humanista por natureza. O seu objectivo é o bem comum. Já era humanista antes de Sá Carneiro, e sempre o será. Por vezes, questiono-me como seria o PSD se Sá Carneiro n?o lhe tivesse dado forma. Seria predominantemente liberal? Socialmente inconsciente? Um reduto católico, fechado a outras confiss?es? Estas quest?es levam-me a confrontar o que é e o que gostaria que fosse o Partido. E o que seria minimamente aceitável, como partido de ideologia social-democrata. E leva-me a concluir o mais óbvio, o que n?o é. N?o é um partido pequeno. A sua influ?ncia, ou geist, é bem patente em toda a sociedade portuguesa. Arrisco dizer que é o partido mais portugu?s de todos. N?o é um partido inerte. T?m sabido adaptar-se ? volubilidade da esfera sócio-económica, renovando a sua linha programática. N?o é um partido liberal. Valoriza esse aspecto, importante num mundo em que a economia de mercado é global, mas onde a societas global está na sua infância secular e é necessário proteg?-la. O PSD pode tomar muitos rumos a partir desta génese balizadora. O que n?o pode, é deixar que critérios tendo como fim os estritamente económicos, suplantem a natureza delicada da nossa sociedade nem que, alguns (e pelos vistos em Nelas, voc?s s?o reincidentes) tentem tomar o poder dizendo que s?o o que n?o s?o PostScriptum:Crítica ao "Compromisso Portugal", lobby político por excel?ncia, que dá passos maiores que as nossas pernas podem acompanhar, levando-nos a recear as suas propostas, embora cumpram o seu propósito - atrevermo-nos a sonhar com um Portugal melhor.
silva centimetro
 
Social Democracia 2

Info-PoliticsA informaç?o é vital neste século, e começa a tornar-se a principal preocupaç?o de um governo - e oposiç?o também. O que dizer ?s massas, como diz?-lo.Info-Politics torna o cidad?o mais envolvido e conhecedor do processo de governaç?o. Torna-o crítico e também participante, graças ? Web de segunda geraç?o.Por exemplo, a possibilidade dos militantes participarem na revis?o programática do PSD. Ter voz e ser reconhecido, é o que toda a gente ambiciona. O elo de ligaç?o com o partido torna-se assim mais forte com os seus militantes.Eu entendo que a utilizaç?o da técnica n?o substitui a própria política, mas esta ganha, ao inovar a maneira como a faz. E o PSD faz muito bem em usar a Internet, como meio de extens?o do seu canal de comunicaç?o. Certo é, que as Secç?es Virtuais est?o ao virar da esquina.O Papel da Ética na PolíticaO papel da ética está intimamente ligado ? sustentabilidade sistémica. Isto quer dizer que uma decis?o ética t?m como vista, n?o a obtenç?o de objectivos imediatos, tácitos, mas com a implementaç?o de um sistema alargado que apoie as suas actividades - partidárias neste caso - a longo prazo. Essas actividades podem ser empresariais, económicas ou mais concretamente, políticas.Num mundo em transiç?o da dicotomia esquerda-versus-direita, para uma de bem-e-mal, a moral passa a ser um actor fundamental. N?o é raro termos os respectivos agentes políticos usarem termos como "legitimidade", "verdade" "raz?o", "solidariedade"ou "lealdade". É até mesmo utilizado para justificar as suas decis?es políticas de falta de tudo ou parte disso( leia-se entrevista Dr. Borgers da Silva).Quem tem ética, lealdade e solariedade n?o dá aquela entrevista. Diria mesmo n?o é social democrata. O que enfurece uma camada-base da populaç?o, habituada aos processos de decis?o local sem inger?ncia.Enfurece-a porque deslocaliza o centro da discuss?o de um cariz local para um nível superior. É difícil aceitar uma decis?o desse tipo quando se sacrifica o interesse local pelo interesse estratégico do partido. Ninguém gosta de perder influ?ncia e poder de decis?o.Isto coloca o partido em frente de um novo paradigma. N?o é bem novo, já existe ? cerca de 2500 anos na China, tendo o seu apogeu em tratados militares - cito Sun Tzu - muito citados actualmente, mas n?o entendidos e postos em prática. Tudo é relativo. N?o há nada concreto, separável, o que vai contra a nossa mentalidade cartesiana. Ou seja, o que se passa ao lado, passa a dizer-nos respeito também .É por isso que a Ética, bandeira da credibilidade, é um problema e um desafio para o partido. Ela n?o nasce, nem se compra. Forma-se e torna-se visível, de dentro para fora, e todos s?o parte integrante do processo.O Partido como comunidade verticalÉ um bocado radical aproximar uma organizaç?o partidária a uma empresa. Contudo, ambas t?m colaboradores, t?m objectivos, doutrina ou praxis, e como uma organizaç?o normal e saudável, respiram. Mudam de líderes, mudam de dimens?o, mudam de políticas.Mas t?m propósitos diferentes. O partido serve de fonte para a governaç?o do país. Uma empresa pretende a sua afirmaç?o no mercado e a sobreviv?ncia a longo prazo. Ou seja, uma empresa t?m que se tornar sustentável. N?o busca o lucro fácil, já que isso a pode levar por caminhos tortuosos e até mesmo criminosos.O partido, se assentar em ideias fracas e difusas, n?o conseguirá progredir. Passar para uma orgânica vertical, especializada, é um must se se quiser afirmar de novo na sociedade portuguesa. A sua mensagem e ideias devem ser claras, de maneira a que as pessoas se possam identificar Nelas.Tornar-se atractivo para a nova geraç?o de cidad?os e de políticos é, na minha opini?o, muito importante para a sustentabilidade do partido e da social-democracia em Portugal.
silva centimetro
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?